
AMPCM distribui insumos agrícolas, incluindo meios circulantes as Cooperativas em Nampula e Zambézia
06/02/2025
AMPCM reforça relação de colaboração com o Executivo da Provincia de Niassa na implementação do Projecto Cooperar
28/02/2025A AMPCM capacitou, no passado dia 30 de Janeiro do ano em curso, 30 pequenos produtores, dos quais 19 Mulheres, provenientes da província de Nampula e Zambézia, em matérias de gestão de viveiros. O evento foi realizado no Viveiro Central de Namaita (CNN), um centro de excelência de produção de mudas
A formação tinha por objetivo capacitar 30 membros de cooperativas, para assumirem a gestão de 15 novos microviveiros a serem estabelecidos nas comunidades ondem operam as suas cooperativas, localizados nos distritos de Pebane, Gilé e Alto-Molócue na província da Zambézia, e Angoche, Moma, Malema, Ribàue, Mogovolas, Monapo, Muecate, Meconta, Murrupula, Rapale e no distrito de Nampula. Outrossim, o treinamento foi concebido na perspetiva de capacitar os viveiristas a adotarem práticas mais eficientes, sustentáveis e rentáveis, contribuindo directamente para a melhoria da qualidade das mudas e a optimização do processo produtivo.
Os treinandoa foram essencialmente capacitados em: (i) técnicas avançadas para o cultivo de mudas de alta qualidade, garantindo plantas mais saudáveis e resistentes desde o início do seu ciclo; (ii) produção de substratos orgânicos visando o domínio da formulação que atendem as exigências nutricionais das plantas de forma sustentável, minimizando o uso de fertilizantes químicos e promovendo um ambiente radicular saudável. Estas temáticas introduzem o sistema inovador de plantio de cajú e práticas agrícolas de ponta, que aprimoram a eficiência do uso de insumos, aumentam a produtividade e reduzem custos operacionais.
Assim, com esse conjunto de conhecimentos, os viveiristas estão habilitados a adoptar técnicas mais eficientes, sustentáveis e de alta performance, garantindo maior competitividade e sustentabilidade na produção de cajú e espera-se que os mesmos apliquem as técnicas inovadoras e produzam com qualidade as mudas para a venda aos membros das cooperativas e na comunidade onde serão estabelecidos os viveiros.
Importa realçar que esta actividade é complementar a iniciativa da entrega, de vários insumos agrícolas (sementes e kits de material para a criação de microviveiros), igualmente promovida pela AMPCM.
Impactos do treinamento
Mena Elsa Dos Santos, Tesoureira da Cooperativa de Mamala Centro, no distrito do Gilé na província da Zambézia, conta que foi com muito agrado que recebeu o convite para ir participar no treinamento, e agradece sempre pelo apoio que a AMPCM tem vindo a prestar durante os anos e acrescenta que “o treinamento veio a calhar, …, por ser uma das poucas mulheres com um cajual que ultrapassa cerca de 3200 árvores, aprender a gerir um viveiro vai permitir-me integrar essa actividade no meu negocio de produção e comercialização de castanha de caju, facilitando desta forma o meu sistema de maio integrado (substituição das árvores envelhecidas por novas), não, as técnicas vão ajudar a dinamizar o negócio de produção de mudas por forma a apoiar os membros e a comunidade no geral….”
Por seu turno, Damião Sena, gestor da cooperativa Marrasse, no distrito de Mogovolas , começou primeiro por destacar o papel importante que a AMCPM tem tido no fortalecimento das cooperativas, tendo de seguida agradecido pela oportunidade de ter sido contemplado no grupo de novos gestores de viveiros, o qual acrescentou que “com o treinamento que tive, espero conseguir gerir e manter o viveiro que está em processo de estabelecimento, que vai permitir dele produzir mudas de caju policlonal para os membros da cooperativa e comunidade em geral interessados em aumentar as suas machambas, e porque não, ser uma fonte de receita para a cooperativa, …”
O treinamento, enquadra-se nos esforços contínuos da AMPCM e seu parceiro de apoio financeiro (NorgesVel), através do Programa Growing Resilience, projecto Agroflorestry cujo objectivo é introduzir a agrofloresta a 75.000 pequenos produtores alimentares no norte de Moçambique, melhorando assim a sua segurança alimentar e rendimento.
A agrofloresta é uma prática que combina árvores com culturas anuais. Em vez de apenas cultivarem alimentos nos campos, os agricultores também plantam árvores e arbustos que proporcionam diversos benefícios, como alimento, sombra e proteção contra condições climatéricas extremas. Ao plantar árvores juntamente com as culturas, os agricultores podem garantir um fornecimento alimentar mais consistente, mesmo em condições climáticas adversas para as culturas anuais. As árvores dão frutos e nozes em épocas diferentes das culturas anuais, fornecendo um suplemento valioso à nutrição doméstica. Além disso, as raízes profundas das árvores melhoram a filtragem da água e a saúde do solo, apoiando a produção sustentável de alimentos ano após ano.
