AMPCM promove produção da castanha em Nampula

A Associação Moçambicana Para Promoção do Cooperativismo Moderno (AMPCM), delegação regional-norte engajada na sensibilização aos produtores locais com vista à maior produção da castanha de caju.

Com efeito, no distrito de Mogovolas, foi constituído o primeiro viveiro da União Distrital das Cooperativas de Mogovolas,  onde se procedeu com o processo de plantio de mudas numa extensão de 6 hectares.

Aumento da renda das cooperativas

De acordo com Adelino Jorge, da União das Cooperativas de Mogovolas, esta iniciativa vai contribuir no aumento da renda dos membros da organização, tendo em conta que a castanha tem tido um mercado apreciável na região.

Por seu turno, o coordenador regional-norte da AMPCM, Natalino Barnete afirma que “a actividade está inserida no projecto de desenvolvimento de resiliência para o sector de caju, um projecto que é financiado pela NORGESVEL, e está a ser implementado em parceira com o Instituto de Amêndoas de Moçambique (IAM, IP), a TECNOSERVE e a NORAD”. Este projecto tem em vista  apoiar o sector de caju no sentido de massificar o processo de plantio de mudas de caju, com um bom material genético.

Produtores aderem à produção da castanha de caju

Ainda de acordo com Natalino Barnete, as mudas em alusão são mudas políclonais com características boas que, até a partir do terceiro ano começam a produzir. “Estamos num processo de diversificação dos produtores, mas os associados às cooperativas, que a maioria produz culturas como amendoim, gergelim e agora aderiu à produção da castanha de caju, como uma cultura potencial para o distrito de Mogovolas que gera rendimentos ou aumenta a renda no fim de cada ano”, afiançou.

O Coordenador Regional Norte da AMPCM, igualmente, fez saber que “neste momento são 65 cooperativas que beneficiam desta iniciativa, com cerca de 15 mil produtores dos distritos de Mogovolas, Angoche, Moma, Meconta, Monapo e Murrupula”. O projecto termina em Dezembro deste ano, tendo começado no ano transacto e espera-se que até o fim, pelo menos cerca de 500 mil mudas estejam já lançadas em campo por esses produtores, contribuindo sobremaneira na viabilização do plano de sector de caju, e também, isso vai criar um grande impacto na renda das famílias, ao nível da  província de Nampula”.

IAM satisfeito pela iniciativa

Entretanto, o delegado do IAM em Nampula, que testemunhou o plantio das primeiras mudas na extensão em referência, referiu que  “é de louvar esta iniciativa, porque estamos a ver que há cada vez mais produtores engajados na produção de caju”. Júlio Langa acrescentou que, do lado do IAM, o que se vai fazer é prover assistência técnica para estes produtores.

Não obstante, o início tardio da queda das chuvas, o delegado do IAM assegura que “nós devemos estar quase em 50% de mudas e já conseguimos distribuir perto de 80% mudas neste momento”.

Júlio Langa ajuntou que o Instituto de Amêndoas de Moçambique tem um plano de produzir cerca de 2 milhões de cajueiros, sendo que neste momento cerca de 1 milhão já estão produzidos, e pelo menos 800 mil mudas já foram distribuídas na província de Nampula.

A fonte fez saber igualmente que haverá incremento de números de árvores por tratar na presente campanha, e vai se transitar de cerca de 3 milhões de cajueiros tratados na campanha finda,  para 4 milhões de cajueiros, na presente época.

De referir que, na mesma ocasião, a AMPCM ofereceu uma dezena de máquinas para a pulverização, por forma a garantir o tratamento dos cajueiros na próxima campanha agrícola.