Modelo cooperativo nas iniciativas Juvenis

A Associação Moçambicana Para Promoção do Cooperativismo (AMPCM) orientou nesta quarta-feira, 26 de Agosto, uma apresentação temática aos técnicos do Instituto Nacional da Juventude (INJ), em Maputo, em torno do cooperativismo moderno.

A apresentação que contou com a participação de três quadros séniores do INJ e igual número por parte da AMPCM, foi orientada pelo Director Executivo, Cecílio Valentim. Durante o evento, foi feita uma apresentação da AMPCM, seu historial de surgimento e o seu papel e contributo em prol do desenvolvimento económico-social, inclusivo e sustentável de Moçambique.

Resultados em sintonia com o PQG e PES

Como de praxis, os participantes foram dados a conhecer sobre os benefícios económicos e sociais do cooperativismo e como este modelo pode de forma rápida, inclusiva e sustentável contribuir para o alcance das metas constantes no Programa Quinquenal do Governo (PQG 2020-2024) e o Plano Económico e Social (PES), com enfoque para a identificação e empoderamento do potencial produtivo da juventude, organização e formalização em empresas “Cooperativas Modernas” que são o modelo de agregação e inclusão de empreendedores e ligação ao mercado em diferentes cadeias de valor, permitindo que desta forma o Governo consiga alcançar as metas de criação de Empregos e assegure também, a manutenção e sustentabilidade em longo prazo.

O Cooperativismo incide sobre a comunidade

Durante a abordagem referente aos princípios universais, o Director Executivo da AMPCM, destacou que o Sétimo princípio do cooperativismo (as cooperativas têm interesse pelas comunidades/responsabilidade social) casam harmoniosamente com as metas do PES e os ODS’s no que tange a  criação de Empregos dignos e Crescimento Económico das Cidades e Comunidaes sustentáveis que podem contribuir para o boom de desenvolvimento comunitário e do país, através das cooperativas.

“..agregar os jovens em cadeias de valor”, Cecílio Valentim

O Director Executivo da AMPCM, falou igualmente das inúmeras vantagens do cooperativismo que casam com os problemas que enfermam e frustram a juventude. “Através deste modelo cooperativo, nós podemos agregar e integrar os jovens em cadeias de valor e criar um efeito de economia de escala no desenvolvimento económico e social do país”, frisou.

Por seu turno, o Director de Serviços de Gestão e Participação Associativa do INJ, Fernando Macanana, mostrou-se satisfeito pela maneira clarividente e objectiva como foi apresentado o tema sobre o cooperativismo moderno. Macanana afirmou que o modelo cooperativo pode dinamizar as várias iniciativas juvenis, tendo na sequência, aventado a hipótese de o Conselho Nacional da Juventude (CNJ) adoptar este modelo na relação com as várias associações juvenis que integram este organismo do Governo.

Cooperativas: braço-económico das associações

“O Governo vem trabalhando com várias associações juvenis, e por não serem de carácter lucrativo, não podem fazer negócio, por isso, achamos que para viabilizar as iniciativas juvenis, estas associações podem ser transformadas em cooperativas ou mantê-las, mas criando a cooperativa, como seu braço económico”, afiançou, o Director  de Serviços de Gestão e Participação Associativa do Instituto Nacional da Juventude (INJ), em jeito de conclusão.

AMPCM  e os benefícios às cooperativas

Entretanto, Fernando Macanelo quis saber, por alto, das vantagens que o INJ pode ter em assinar um memorando com a AMPCM, ao que prontamente o Director Executivo disse: “entre várias acções que podem beneficiar o INJ, destacamos que o INJ terá um parceiro cujas agendas estão em harmonia e prestará assistência técnica especializada em cooperativismo na organização, legalização, formalização e acompanhamento na gestão de negócios para fortalecer e viabilizar as iniciativas de geração de renda e riqueza da Juventude Moçambicana.

De referir que do lado do Instituto Nacional da Juventude (INJ) há um interesse em trabalhar em parceria com a AMPCM, em virtude de existem muitas iniciativas juvenis que não tendo sustentabilidade, o modelo cooperativo pode ajudar na sua rentabilidade, sustentabilidade e viabilidade económica, concluiu Fernando Macanana.